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Cibercriminosos vazam dados da vacina da Pfizer, informa agência

Guilherme Petry

Cibercriminosos vazaram informações confidenciais sobre a vacina contra COVID-19 da Pfizer na internet, após ataque direcionado à Agência Europeia de Medicamentos (EMA). A Agência informa que continua investigando o caso, desde dezembro do ano passado.

Segundo a EMA, em seu mais recente comunicado sobre o incidente, a investigação revelou que alguns dos documentos que foram roubados sobre a vacina BNT162, desenvolvida pela Pfizer em parceria com o laboratório alemão, BioNTech, foram publicados na internet.

“A investigação em curso sobre o ciberataque à EMA revelou que alguns dos documentos acessados ilegalmente relacionados com medicamentos e vacinas COVID-19 pertencentes a terceiros foram divulgados na Internet. As ações necessárias estão sendo tomadas pelas autoridades responsáveis pela aplicação da lei”, escreve a agência em um comunicado publicado nesta terça-feira (12).

Entenda o caso

No dia 9 de dezembro de 2020, a EMA informou que estava ciente de que foi vítima de um ciberataque, mas não revelou mais informações: “A EMA foi alvo de um ciberataque… [mas] não pode fornecer detalhes adicionais enquanto a investigação estiver em andamento”, disse.

Dois dias depois, confirma que houve violação de dados de terceiros e informa que as empresas envolvidas estão sendo avisadas, mas não revela quais são.

No mesmo dia 9 de dezembro, a Pfizer publicou um comunicado informando que foi avisada pela EMA e confirma que alguns documentos sobre a vacina que estava desenvolvendo foram acessados ilegalmente.

“Hoje, fomos informados pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) que a agência foi sujeita a um ataque cibernético e que alguns documentos relacionados à submissão regulatória da vacina candidata da COVID-19 da Pfizer e da BioNTech, BNT162b2, que foi armazenada em um servidor da EMA, foram acessado ilegalmente”, escreve a Pfizer no comunicado.

Agora, a agência, junto com as empresas envolvidas, estão investigando os documentos vazados. “A Agência continua apoiando a investigação criminal sobre a violação de dados e os documentos que podem ter sido acessados sem autorização. A Agência permanece totalmente funcional e os prazos relacionados com a avaliação e aprovação dos medicamentos e vacinas contra COVID-19 não foram afetados”, conclui.


Fonte: Agência Europeia de Medicamentos (1) (2) (3) (4) (5).

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