O acesso à internet em Cuba foi parcialmente bloqueado por autoridades do governo cubano, após milhares de manifestantes se reunirem no centro de Havana, no domingo (11), para protestar contra as medidas econômicas e contra as medidas de combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), tomadas pelo presidente Miguel Diaz-Canel.
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De acordo com a Associated Press, o governo cubano percebeu que as manifestações (que estão entre as maiores da década) estão sendo organizadas através de redes sociais, por isso, decidiu bloquear o acesso dos cubanos aos sites e aplicativos do Facebook, WhatsApp, Instagram e Telegram.
Para acessar a internet em Cuba, é necessário comprar um chip de telefonia, que oferece internet móvel e acesso aos aplicativos de rede social. Esse chip, é oferecido pela ETECSA, uma empresa pública, controlada pelo estado e que também monitora a atividade de seus usuários.
Embora haja ferramentas para burlar essa vigilância, parte dos cubanos não tem acesso à essas ferramentas e o bloqueio das redes sociais pode impedir que as manifestações continuem sendo organizadas.
O bloqueio também impede que os Cubanos compartilhem imagens da violenta repressão policial imposta pelo governo, que se comuniquem com seus familiares em outros países e também que se comuniquem com a imprensa internacional, que está cobrindo o caso.
De acordo com a Newsweek, durante a manifestação no domingo (11), os protestantes gritavam por "libertad y unión" (liberdade e união), além de pedir que o presidente renuncie, mas foram contidos pela polícia cubana, equipada com armas, tanques de guerra e veículos utilitários.
A má distribuição de alimentos e as sanações comerciais impostos pelo ex presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Cuba também estão entre os temas das manifestações.
Fontes: Associated Press; Newsweek.