Um ataque cibernético direcionado à Agência Europeia de Medicamentos (European Medicines Agency ou EMA) culminou no roubo de informações técnicas a respeito da vacina contra a COVID-19 que está sendo desenvolvida pela estadunidense Pfizer em parceria com a alemã BioNTech. O próprio órgão regulador europeu confirmou o incidente, mas não deu detalhes sobre como a invasão ocorreu.
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Em comunicado oficial, a EMA explicou que “a agência foi vítima de um ataque cibernético e que alguns documentos relacionados ao envio regulamentar da vacina candidata contra a COVID-19 da Pfizer e da BioNTech foram acessados ilegalmente”, mas garantiu que “nenhum sistema da BioNTech ou da Pfizer foi violado em conexão com este incidente e não temos conhecimento de que quaisquer participantes do estudo foram identificados através dos dados que estão sendo acessados”.
Ainda não está claro a sensibilidade de tais documentos — a EMA, a Pfizer e a BioNTech preferiram não responder aos questionamentos da imprensa internacional. Vale observar que a vacina em questão é uma das “prediletas” globalmente falando, tendo sido recentemente aprovada pelo governo britânico como imunizante oficial para o Reino Unido. Por lá, seu uso emergencial já foi aprovado, sendo que a data estimada para o término das análises técnicas da EMA era de 29 de dezembro.
Vale observar que, embora este seja um incidente grave, é sabido que empresas do setor farmacêutico envolvidas na fabricação de vacinas e medicamentos contra o novo coronavírus (SARS-CoV2) estão sendo vítimas frequentes de ataques cibernéticos, tanto organizados por sindicatos criminais quanto por agentes estatais. O phishing é a tática mais usada nesses casos, ludibriando colaboradores com emails falsos a respeito da própria doença.
Fonte: Bleeping Computer