Empresas de manufatora, agências governamentais, instituições de ensino e empresas da saúde estão, nesta ordem, entre os setores que mais sofreram ataques cibernéticos durante 2019 e 2020, identificou pesquisa interna da Trend Micro. No Brasil, primeiro lugar fica com empresas e agências governamentais.
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De acordo com a pesquisa, só no ano passado, estes quatro setores (manufatura, governos, educação e saúde) sofreram mais de 1,5 milhão de tentativas de ataques cibernéticos. No Brasil, empresas ligadas ao governo são os principais alvos dos cibercriminosos, com mais que o triplo de detecções do segundo colocado.
"Só neste ano, de janeiro a maio, a Trend Micro contabilizou quase 5 milhões e meio de empresas atacadas que utilizam suas plataformas, em todo o mundo, com a permanência da liderança da área de manufatura no cenário global (20,6%) e de governo, no Brasil (35,7%)", escreve a empresa, em um comunicado à imprensa.
Assim como já analisamos aqui na The Hack, golpes e campanhas maliciosas com temáticas relacionadas à COVID-19 estão entre os principais temas do cibercrime atual. Segundo o estudo da Trend Micro, mais de 16 milhões de ameaças relacionadas à pandemia do novo coronavírus foram identificadas no ano passado.
Como informa a empresa, esses dados foram coletados a partir das soluções internas de análise de dados e infraestrutura de segurança da informação, como as soluções Smart Protection Network (SPN), Zero-Day Initiative (ZDI), Trend Micro Smart Home Network (SHN), Trend Micro Mobile Application Reputation Services (MARS), TippingPoint e IoT Reputation Services (IoTRS), entre outros.
99% das empresas públicas acreditam que segurança oferecida por provedores de nuvem é suficiente
Segundo outra pesquisa da Trend Micro, publicada com exclusividade pela The Hack, quase todos (99%) os líderes e gestores de TI de empresas públicas no mundo todo, consideram que as ferramentas de segurança oferecidas pelo fornecedor de ambientes em nuvem são suficientes para garantir a segurança dos dados da empresa.
Confiar nas ferramentas de segurança oferecidas pelos provedores de serviços de nuvem não é uma estratégia segura. Afinal, além de não garantir a segurança de dados de uma empresa, os provedores de serviços em nuvem operam em um modelo de segurança compartilhada, onde garantem a segurança de seus sistemas e a empresa (cliente) deve garantir a dela.
“A adoção da nuvem não é um processo de começo, meio e fim, mas uma instância viva, quer requer verificações e manutenções constantes. Cada empresa deve ser responsável pela proteção de seus dados, exigindo que sua infraestrutura em nuvem seja segura, mesmo no modelo de responsabilidade compartilhada, onde cada parte revisa ciclicamente suas vulnerabilidades exigindo o mesmo dos demais”, explica Renato Tocaxelli, regional account manager da Trend Micro, convidado para comentar os dados da pesquisa.