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Polícia Federal prende suspeito pelo vazamento de dados do TSE

Guilherme Petry

A Polícia Federal brasileira (PF), em parceria com a Polícia Judiciária portuguesa, prenderam, no sábado (28), em Portugal, um suspeito pelo vazamento de dados de servidores e funcionários do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante o primeiro turno (15/11) das eleições municipais deste ano.

De acordo com a Agência Brasil, o ataque e o vazamento dos dados foi organizado por um de um grupo de cibercriminosos, com integrantes no Brasil, mas liderado por um integrante de Portugal. A operação da PF foi chamada de Exploit, em homenagem ao software, script ou comandos elaborados por cibercriminosos para realizar ataques.

A Polícia Federal informa que estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na residência de três investigados no estado de São Paulo e Minas Gerais. Além disso, também foram estabelecidas três medidas cautelares, que proíbem o contato dos investigados entre eles.

Dados vazados não são antigos

Durante uma coletiva de imprensa veiculada durante o domingo (15) de eleição, o ministro e presidente do TSE, Luís Roberto Barroso confirmou os vazamentos de dados de servidores do TSE, mas disse que seriam dados antigos, de até 2010.

No entanto, de acordo com o G1, a investigação da PF (inquérito aberto na segunda-feira, logo após o domingo de eleição) identificou que além de dados antigos, também foram acessados dados atualizados como endereços e telefones dos servidores e funcionários do tribunal, de até 2020.

O inquérito investiga “crimes de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa”, infrações previstas no código penal, além de infrações previstas no código eleitoral e na lei das eleições.

Em nota à imprensa, a PF informa que não foram identificados elementos que possam ter prejudicado ou alterado os resultados da eleição. Mas é importante lembrar que além do vazamento de dados, o TSE sofreu um ataque de DDoS que interrompeu o funcionamento do app e-Título, que mostra a localização de votos do eleitorado e também foi utilizado para justificar a falta do voto.


Fontes: Agência Brasil e G1.

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