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Quatro estados dos EUA querem proibir pagamentos de resgate em casos de ransomware

Guilherme Petry

Autoridades e representantes políticos dos Estados Unidos querem que o pagamento de ransomware se torne ilegal. Representantes políticos de quatro estados dos EUA pediram que o congresso nacional proíba que organizações paguem pelo resgate em casos de ransomware.

Segundo o escritório de advocacia Alston & Bird, os estados Nova York, Carolina do Norte, Pensilvânia e Texas já estão discutindo projetos de lei neste cenário.

De acordo com o CSO Online, que entrou em contato com alguns autores desses projetos de lei, a ideia divide opiniões na esfera pública, com representantes apoiando e outros reprovando a ideia.

O estado de Nova York, um dos quatro que está discutindo "proibir entidades governamentais, entidades comerciais e entidades de saúde de pagar resgates em casos de incidentes cibernéticos e ataques de ransomware".

O estado da Pensilvânia, por sua vez, recebeu um projeto de lei da senadora Kristin Phillips-Hill, que busca "desencorajar alguns ataques de ransomware". Segundo ela, "se os cibercriminosos forem recompensados por seus esforços, eles simplesmente continuarão a lançar ataques de ransomware", disse ao CSO Online.

Já segundo a NBC News, a secretária de energia do governo dos EUA, Jennifer Granholm, disse que apoia esses projetos e acredita que negociar com cibercriminosos apenas os encoraja a continuar operando campanhas ilegais e que as empresas devem assumir a responsabilidade e avisar o governo quando forem atacadas, "para o bem do país".

Muitas dessas empresas privadas não querem que as pessoas saibam. Não deveriam estar pagando por resgates de dados, mas eles devem nos avisar para que possamos proteger o resto do país [...] Não sei se o Congresso ou o presidente estão nesse ponto [...] Mas acho que precisamos enviar esta mensagem forte de que pagar um ransomware apenas agrava e acelera o problema, encorajando os maus atores", disse a secretária, em coletiva de imprensa.


Fontes: Alston & Bird; CSO Online e NBC News.

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