Um cidadão russo de 27 anos, residente dos Estados Unidos, acusado de conspiração contra a fabricante de veículos elétricos, Tesla, deve ser deportado dos EUA após cumprir 10 meses de prisão. O jovem teria pedido para um funcionário da Tesla instalar um malware no sistema da empresa, em troca de U$ 500 mil (cerca de R$ 2,6 milhões), que seriam pagos em bitcoin.
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De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA e a Associated Press, o funcionário denunciou o caso à Tesla. A empresa entrou em contato com o FBI, que conseguiu rastrear e prender o jovem. Egor Igorevich Kriuchkov, assumiu a responsabilidade pelo crime e ainda revelou que seu interesse era roubar dados e pedir um resgate por eles.
Segundo seu advogado, Kriuchkov é fluente em inglês, mesmo assim, foi oferecido um tradutor para sua apresentação em videoconferência. "Sinto muito pelas minhas decisões e me arrependo disso [...] Entendo que foi uma decisão ruim", disse. Além dos 10 meses de prisão, Kriuchkov deve pagar uma multa de U$ 14 mil.
Ele foi capturado em Los Angeles, a caminho do aeroporto. Como explica a agência de notícias, o plano de Kriuchkov era atacar a rede da Tesla com um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS), para então, inserir o malware.
As negociações de Kriuchkov com o funcionário da Tesla foram realizadas entre agosto do ano passado e agosto deste ano. O funcionário trabalha em uma fábrica de baterias da Tesla, em Nevada, EUA.
“Este é um excelente exemplo de alcance da comunidade, resultando em parcerias fortes, o que levou a uma ação proativa de aplicação da lei antes que qualquer dano pudesse ocorrer”, disse, Aaron Rouse, um dos agente do FBI envolvido no caso.