Se você assalta alguém, rouba todo o seu dinheiro e armazena as cédulas em um banco… Bom, o banco NÃO seria considerado culpado pelo seu crime, certo? Ainda assim, um escritório de advocacia sediado na Califórnia decidiu abrir um processo contra o GitHub, alegando que o serviço — dedicado a armazenar códigos-fontes e projetos de programação — teria auxiliado na recente invasão aos sistemas da rede bancária Capital One.
Acontece que a acusada Paige Thompson, que supostamente se aproveitou de uma brecha no firewall da instituição para roubar dados de 106 milhões de clientes, utilizou o GitHub para guardar a coleção de arquivos surrupiados. Isso teria ocorrido no dia 26 de abril; a plataforma só percebeu que aquele conteúdo era impróprio no dia 17 de julho, quando decidiu removê-lo.
Em um documento de 28 páginas, os querelantes afirmam que o GitHub estaria “encorajando ativamente o hacking de forma amigável” e criticou a demora do serviço em remover o conteúdo malicioso, sendo então incapaz de resguardar a privacidade dos clientes da Capital One. “O GitHub tinha a obrigação, sob a lei da Califórnia, de remover de seu site os números de seguro social e outras informações pessoais”, diz o processo.
Ao Business Insider, um representante do site afirmou que os dados enviados por Paige “não possuíam dados bancários, números de seguro social ou outras informações pessoais supostamente roubadas”. Além disso, o serviço afirmou que o upload foi removido prontamente assim que a requisição da Capital One foi recebida, tal como manda a sua política de conteúdos que violem seus termos de uso.
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Fonte: The Inquirer, Business Insider