Um chinês de 64 anos, residente de Hong Kong, está sendo acusado de roubar, — junto com outro "co-conspirador" — "segredos comerciais milionários da General Electric (GE)" para criar uma empresa concorrente na Ásia. Caso seja condenado, o chinês pode pegar até 10 anos de prisão além de ser obrigado a pagar uma multa de até US$ 250 mil.
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De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), entre março de 2017 e janeiro de 2018, a dupla planejou o desenvolvimento de uma operação de fabricação de MOSFETs de carboneto de silício e transistores semicondutores com base na tecnologia roubada da GE.
Segundo a investigação do FBI, o chinês conseguiu as informações através de um parceiro, que trabalhava como engenheiro na GE. Os agentes do FBI encontraram slides de apresentação, que o acusado, provavelmente, utilizava para oferecer a tecnologia a investidores.
O chinês e seu co-conspirador vendiam a tecnologia prometendo um lucro de 100 milhões em até 3 anos de operação. Para começar a fabricação dos chips de silício, a dupla pedia um financiamento de cerca de US$ 30 milhões em troca de uma participação acionária na empresa.
"Em agosto de 2017, [o chinês] e o co-conspirador supostamente se encontraram na China e fizeram apresentações para uma empresa de investimento chinesa que estava considerando fornecer financiamento para a empresa iniciante", explica o DOJ.
O caso está sendo investigado pelo FBI e processado pela Divisão de Segurança Nacional, Seção de Contra-espionagem e Controle de Exportações dos EUA.
“[O chinês] conspirou para roubar tecnologia valiosa e sensível da GE e reproduzi-la na China. O roubo de segredos comerciais é uma ameaça constante e perigosa [...]", disse o agente especial Thomas F. Relford do FBI.
Segundo comunicados publicados pelo DOJ, de novembro de 2019 até fevereiro de 2021, pelo menos oito chineses foram acusados de espionagem, venda de informações para a China ou roubo de tecnologia para abertura de empresas concorrentes na Ásia.
Fonte: Departamento de Justiça dos EUA.