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“Coronavoucher” é sancionado e criminosos já aplicam golpes pela internet

Ramon de Souza

Foi publicado, em uma edição extra que saiu na noite de ontem (2) no Diário Oficial da Nação, o programa de auxílio emergencial que pagará até R$ 600 para cidadãos que tiveram suas economias atingidas pela crise do coronavírus. Tal ação, que já foi carinhosamente apelidada de “coronavoucher”, ainda precisa ser regulamentada e não há previsão de quando os pagamentos devem ser efetuados — porém, isso não está sendo uma barreira para criminosos cibernéticos interessados em usar a novidade como mote.

De acordo com pesquisadores da PSafe, cerca de 4,5 milhões de brasileiros já tiveram contato com algum golpe envolvendo o coronavoucher. Isso inclui falsas mensagens sobre o benefício sendo espalhadas pelo WhatsApp com links maliciosos que, ao serem acessados, direcionam a vítima para uma página que pode roubar seus dados. Na maioria das vezes, o estelionatário incentiva o internauta a cair no golpe dizendo que tal link leva ao formulário necessário para usufruir do programa governamental ou ao app oficial lançado pela Caixa.

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A PSafe observa ainda que o número de fraudes envolvendo tal mote está crescendo de forma assustadora: até o dia 24 (quando o governo planejava pagar apenas R$ 200), o alcance era de apenas meio milhão de pessoas. Tal número aumentou desde a última quinta-feira (26), quando a Câmara dos Deputados aprovou a criação do coronavoucher com mais do que o dobro do valor original. Isso significa que, após a publicação da lei na noite de ontem, uma nova onda ainda maior de fraudes deve surgir.

Entre os links identificados como maliciosos, destacam-se os seguintes:

  • auxilio-corona.info
  • auxiliocorona.com
  • auxiliocidadao.com
  • auxiliocidadao.archivezap.live/
  • bit.ly/AuxilioCidadao
Exemplo de mensagem falsa sobre o benefício (Reprodução: Extra Globo)

É importante lembrar que o coronavoucher ainda precisa ser regulamentado antes de ser posto em funcionamento — ou seja, no atual momento, mais do que nunca, desconfie de mensagens (sejam elas enviadas por conhecidos ou não) que ofereçam instruções para sacar o benefício. Nunca confie em links recebidos por quaisquer meios eletrônicos e sempre consulte meios de comunicação oficiais — incluindo os sites do próprio governo — para tirar suas dúvidas a respeito do programa.


Fonte: Correio Braziliense, A Gazeta, Jornal da Record

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