E o crime cibernético não para de inventar novas formas criativas para explorar a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV2) para obter lucro. Embora tal tipo de golpe ainda não tenha sido identificado no Brasil, lá nos EUA, a Comissão Federal de Comércio (Federal Trade Comission ou FTC) emitiu um alerta público a respeito de uma nova campanha maliciosa que utiliza como mote os programas de rastreamento social propostos pelo governo norte-americano.
Caso você ainda não saiba, diversos países (incluindo o Brasil) estão estudando utilizar aplicativos ou extrair dados de telecoms (como informações anonimizadas de geolocalização) para rastrear aglomerações e “ficar de olho” em indivíduos que testaram positivo para a COVID-19. Nos EUA, algumas propostas são bem severas e incluem o uso da tecnologia Bluetooth para lhe alertar caso você chegue muito perto de um indivíduo que tenha contraído a doença.
Porém, tanto aqui quanto lá, a população em geral ainda não entende exatamente como essas soluções funcionarão — e é exatamente desse desconhecimento que o cibercrime está se aproveitando. De acordo com a FTC, scammers estão disparando, aleatoriamente, mensagens SMS contendo links maliciosos que podem roubar informações da vítima desavisada.
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“Visto que ainda não existe muita comunicação sobre como uma notificação ‘oficial’ de rastreamento social é feita, os usuários têm poucas maneiras de descobrir se aquilo que eles receberam é um golpe. Isso fica ainda mais complicado pelo fato de que as mensagens se diferenciam de região para região, de departamentos de saúde etc.”, explica Jake Williams, fundador da Rendition Infosec, em entrevista à WIRED.
Como dissemos anteriormente, não há indícios de que tal golpe esteja sendo aplicado em terras brasileiras; ainda assim, visto que nosso governo pretende implementar medidas similares, é bom ficar de olho e desconfiar de quaisquer mensagens SMS que você receber contendo um link suspeito.
Fonte: WIRED