O cibercriminoso norte-americano de 18 anos, que chocou o mundo em julho do ano passado, ao invadir sistemas internos do Twitter através de golpes de phishing por telefone e com isso acessou a conta de diversas personalidades públicas e celebridades e ainda ofereceu esquemas de fraude de Bitcoins em nome das vítimas, se declarou culpado e aceitou sua prisão, nessa terça-feira (16).
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As autoridades responsáveis disseram que Graham Ivan Clack, de 18 anos (17 anos quando cometeu os crimes), foi acusado de 30 crimes, sendo o "mastermind" (líder/mentor) de um esquema de fraude de Bitcoins, responsável por furtar cerca de US$ 117 mil, junto com outros dois jovens: o britânico de 19 anos, Mason John Sheppard e o norte-americano de 22 anos, Nima Fazeli.
De acordo com o Tampa Bay Times, Graham deve cumprir 3 anos de prisão como "jovem infrator", em uma prisão dedicada para jovens adultos e mais 3 anos de pena alternativa, como em um campo de treinamento estilo militar, por exemplo. Além disso, está proibido de acessar um computador sem supervisão e foi obrigado a oferecer suas senhas de todas as redes sociais, para colaborar com a investigação.
Graham foi detido pela polícia na sua própria casa, dias após acessar a conta verificada de diversas personalidades com milhões de seguidores no Twitter, como o atual presidente dos EUA Joe Biden; o ex-presidente Barack Obara; Elon Musk; Kanye West; Bill Gates; Jeff Bezos; Mike Bloomberg; Warren Buffet; Floyd Mayweather; Kim Kardashiam além da conta oficial da Apple e Uber.
Com acesso às contas, o jovem publicou uma mensagem parecida com essa:
"Estamos retribuindo à nossa comunidade. Apoiamos Bitcoins e acreditamos que você também deve! Todos os Bitcoins enviados para nosso endereço abaixo serão devolvidos em dobro! Continuando apenas pelos próximos 30 minutos".
Segundo um comunicado do Twitter sobre o caso, os cibercriminosos acessaram 130 contas, publicaram mensagens oferecendo esquemas de fraude de Bitcoins para 45, acessaram as mensagens privadas de 36 e baixaram dados do Twitter de 7.
A polícia local acredita que ele convenceu um funcionário que trabalhava no departamento de tecnologia do Twitter para conseguir acesso às contas. Seu advogado, David Weisbrod, garante que todo dinheiro furtado foi devolvido.
Fontes: Tampa Bay Times; The Hack.