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McAfee é comprada por consórcio privado e deixa bolsa de valores

Guilherme Petry

A fornecedora de segurança da informação, McAfee, será comprada por um consórcio de investidores privados, liderado pela estadunidense Advent International, por U$ 14 bilhões (R$ 76 milhões). A compra foi anunciada pela empresa nessa segunda-feira (08), através de um comunicado à imprensa. Com a compra, a pioneira no fornecimento de softwares antivírus, volta a ser uma empresa de capital fechado e deixa de negociar ações na bolsa.

No comunicado, a McAfee informa que o acordo foi impulsionado pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), que fomentou uma transformação digital forçada e aumentou a quantidade de profissionais trabalhando no modelo híbrido ou completamente remoto. Essas mudanças nos modelos de escritórios foi vista pela empresa como um estímulo à indústria de softwares de antivírus e dos serviços de segurança, no geral.

O grupo de investidores deve adquirir cada uma das ações ordinárias da empresa por U$ 26 (R$ 142), cada, totalizando cerca de U$ 12 bilhões (R$ 65 bilhões). "O grupo de investidores irá adquirir todas as ações ordinárias da McAfee em circulação por US $ 26,00 por ação em uma transação totalmente em dinheiro avaliada em aproximadamente US $ 12 bilhões com base no valor patrimonial e mais de US $ 14 bilhões com base no valor da empresa após a doação efeito para o reembolso da dívida da McAfee", escreve um porta-voz da McAfee.

O chefe de investimento em tecnologia da Advent e sócio-gerente da Palo Alto acredita que a compra pode estimular os negócios de uma empresa que já é líder no setor. "A McAfee é uma das marcas mais confiáveis no negócio essencial de proteção digital ao consumidor. Esperamos trabalhar ao lado de nossos parceiros de investimento e da talentosa equipe da McAfee para continuar definindo o padrão de proteção digital do consumidor", explica.

Novos ares

A McAfee foi fundada por ninguém menos que John McAfee, uma das personalidades mais excêntricas do mercado de tecnologia e segurança da informação, em 1987. Mas, desde 2011, após a venda para a Intel, o senhor McAfee não está mais envolvido nos negócios da empresa.

A McAfee se esforça em crescer sua renda geral desde já há alguns anos, se negociando, negociando ações e aumentando o valor de seus produtos e softwares, além de negociar com mais parceiros comerciais.

A transação deve ser concluída ainda no primeiro semestre do ano que vem, "sujeita às condições habituais de fechamento, incluindo, entre outras, a aprovação dos acionistas da McAfee, o recebimento de aprovações regulatórias e a liberação do comitê de investimento estranheiro nos Estados Unidos [...] Após a conclusão da transação, as ações ordinárias da McAfee não serão mais listadas em nenhuma bolsa de valores públicos", conclui o comunicado.

Histórico de mercado

Em junho deste ano, a fornecedora de cibersegurança, FireEye, foi vendida para o Symphony Technology Group (STG) por US$ 1,2 bilhão (na época, mais de R$ 6 bilhões), o mesmo consórcio de investimentos que era responsável pela McAfee e pela pioneira de criptografia, RSA.

No final de junho de 2021, John McAfee, o fundador da empresa, foi encontrado morto em uma prisão na Espanha. Confira o especial da The Hack sobre a carreira, vida e morte de uma das personalidades mais curiosas do universo corporativo.

Já em outubro de 2021, o STG, com objetivo de criar um líder imbatível no mercado de fornecimento de tecnologias de segurança da informação, incorporou as soluções da FireEye com as da McAfee, fundindo as empresas em um único produto.

Agora a empresa será controlada pelas empresas de investimento Advent International, Permira Advisers, Crosspoint Capital Partners, Canada Pension Plan Investment Board, GIC Private Limited e Abu Dhabi Investment Authority.


Fonte: McAfee.

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