Não está fácil para ninguém: a Mozilla, empresa famosa pelo seu navegador Firefox, acaba de anunciar a demissão de pelo menos 250 pessoas de seu quadro de colaboradores. O corte simboliza 1/4 do time global atual da companhia e acabará, inclusive, obrigando o fechamento das operações da marca em Taipei, em Taiwan. Segundo o comunicado oficial, “outras 60 pessoas ou mais” serão realocadas para outras funções.
- Site “rastreia” empresas que estão demitindo por conta da COVID-19
- Firefox tem vulnerabilidade de 17 anos de idade que pode permitir roubo de arquivos
- COVID-19: como os criminosos estão tirando proveito da pandemia
De acordo com Mitchell Baker, a pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV2) afetou significamente os lucros da Mozilla, fazendo com que seus planos pré-crise se tornem “impraticáveis”. Isto posto, a companhia pretende mudar seu foco para o desenvolvimento de produtos mais rentáveis, como o app de leitura Pocket, a Mozilla VPN e a plataforma de interação digital Mozilla Hubs.
Baker também adiantou que a empresa pretende criar novos produtos com foco no segmento de segurança e privacidade, oferecendo soluções que “mitiguem ameaças” e que “as pessoas amarão usar”. Até então, a Mozilla fazia dinheiro primariamente através de contratos com motores de busca, royalties, assinaturas e anúncios publicitários. Ao que tudo indica, porém, todos esses setores tiveram uma baixa durante a pandemia.
O executivo também garantiu que os funcionários desligados continuarão recebendo “pelo menos” seu salário-base até o fim do ano, além de ter seus nomes listados em um “diretório de talentos” para ajudá-los a conseguir novas oportunidades. “As pessoas incluídas nesse corte são verdadeiros Mozillians e profissionais com alto grau de habilidades, conhecimentos e comprometimento”, garante.
Fonte: The Verge