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Ola Bini sai da prisão, mas não poderá sair do Equador

Ramon de Souza

O programador e ciberativista sueco Ola Bini, que estava detido no Equador desde o dia 11 de abril, foi finalmente liberado da prisão após um julgamento ocorrido nesta quinta-feira (20). A Corte Providencial decidiu, por dois votos a um, que Bini deveria responder às acusações em liberdade e que sua prisão foi “arbitrária”. Porém, o desenvolvedor continua proibido de sair do país até que uma acusação formal seja apresentada e um novo processo jurídico seja iniciado.

“Eu não estou livre. Estou fora da prisão, mas não sou livre enquanto essa investigação ilegítima e essa perseguição ilegal continuarem”, explicou Bini ao sair da audiência. “Eu provarei minha inocência e isso há de acabar. Eles querem me censurar”, afirma. O desenvolvedor foi detido no mesmo dia em que o presidente equatoriano, Lenín Moreno, decidiu revogar o asilo político concedido ao jornalista Julian Assange, que estava abrigado na embaixada equatoriana em Londres. Assange também foi preso.

Defensor dos direitos digitais e da criptografia, Ola Bini foi acusado de “participar de crimes de agressão à integridade de sistemas informáticos”, mas as autoridades equatorianas nunca apresentaram provas concretas ou sequer uma acusação formal de tais violações. As forças policiais afirmaram ainda que, no momento de sua prisão, no Aeroporto de Mariscal Sucre, Bini estaria tentando fugir do país — na verdade, ele estava embarcando para uma viagem ao Japão programada semanas antes.Caso queira saber mais detalhes sobre a prisão de Ola Bini, acesse a edição “No lugar errado e na hora errada?” da nossa newsletter.


Fonte: MercoPress

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