Mais de 50 empresas brasileiras de telecomunicação sofreram ataques simultâneos de DDoS durante o primeiro semestre de 2021, o que representa um crescimento de 16.17% em relação ao primeiro semestre de 2020. Esse dado foi divulgado pela Netscout em seu mais novo Relatório de Inteligência de Ameaças, publicado na terça-feira (21).
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Segundo o relatório, em um cenário global, o número de ataques cibernéticos chegou a quase 5,4 milhões durante o primeiro semestre do ano (um aumento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado). Esse aumento é ainda mais significativo na América Latina, que registrou mais de 555 mil ataques cibernéticos no primeiro semestre de 2021, um aumento de quase 40% em relação ao ano passado.
Além desses indicadores que representam um aumento da ameaça contra indústria de telecomunicação, os pesquisadores da Netscout detectaram sete novos arquétipos de ataques de negação de serviço (DDoS).
De acordo com o diretor da Netscout no Brasil, Geraldo Guazzelli, o Brasil está entre os cinco países mais afetados por ataques cibernéticos e as campanhas de ransomware estão se tornando ainda mais preocupantes, já que os cibercriminosos estão aprimorando suas táticas e ferramentas de DDoS.
“O Brasil está no epicentro do furacão! Muitas empresas locais tiveram seus serviços afetados por indisponibilidade ou mesmo por campanhas de ransomware. Anos atrás, o País estava emergindo lentamente como um alvo de ataques; hoje estamos entre os cinco maiores [...] Gangues de ransomware estão implantando táticas de DDoS e de extorsão tripla ao seu repertório”, revelou o executivo em um comunicado à imprensa.
Como precaução, Guazzelli pede atenção para os dispositivos inteligentes (IoT), conectados à internet, que por sua natureza, são mais vulneráveis e podem ser a porta de entrada dos cibercriminosos. "Não podemos esquecer de evidenciar a vulnerabilidade a ataques para quaisquer dispositivos conectados à internet (IOTs). Não importa de onde ou para onde você olha, o cenário está ficando sempre e ainda mais complexo de como os hackers agem e constroem os ataques”, explica.
Já Marcos Simplício Junior, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) da Universidade de São Paulo (USP), explica que a preocupação, investimento e adoção de segurança da informação deve ser encarada como uma questão de sobrevivência. “Sem um sistema de segurança eficiente, essas organizações ficam demasiadamente expostas a ataques cibernéticos de todos os tipos. Isso acaba comprometendo a produtividade e eficiência nos negócios", diz.
Fonte: Netscout.