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“Sangue robótico” pode ser a chave para robôs realmente autônomos

Ramon de Souza

Um grupo de pesquisadores está chamando atenção após criar um peixe-robô alimentado por um fluído de bateria que foi carinhosamente apelidado de “sangue robótico”.

Ao substituir as baterias convencionais por tal líquido, os cientistas mataram dois coelhos em uma só cajadada: reduziram drasticamente o peso da máquina e acionaram hidraulicamente os mecanismos responsáveis por sua movimentação. Como resultado, o peixinho futurista é capaz de operar por muito mais tempo.

De acordo com Robert Shepherd, roboticista da Universidade Cornell (Ithaca, Nova Iorque) e um dos responsáveis pelo estudo, “essa inovação é um passo em direção à criação de robôs autônomos — aqueles que podem cumprir tarefas sem orientação ou intervenção humana”.

(Divulgação: Nature)

A questão energética é um desafio comum no campo da robótica. No cenário ideal, um robô autônomo deveria ser capaz de completar suas missões sem a necessidade de ser recarregado; porém, ao simplesmente adicionar mais baterias em sua estrutura, sua mobilidade se torna reduzida e o consumo energético aumenta de forma proporcional, visto que os maquinários precisam de mais força para lidar com o peso excessivo.

E é justamente por isso que a equipe de Sheperd acredita que a solução ideal é usar um fluído que entrega energia ao mesmo tempo em que cumpre outras funções tradicionais de líquidos hidráulicos. Em seus testes com o peixe-robô, o time conseguiu aumentar a eficácia energética em 325%; o invento foi capaz de nadar durante 37 horas ininterruptas até precisar ser recarregado.


Fonte: Nature

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