Read, hack, repeat

Seria este o primeiro crime cibernético ocorrido no espaço?

Ramon de Souza

Ok, algumas barreiras acabam de ser quebradas — é possível que tenhamos testemunhado o primeiro crime (cibernético, por sinal!) efetuado por um ser humano fora do planeta Terra. De acordo com informações do The New York Times, a astronauta norte-americana Anne McClain está sendo investigada após supostamente invadir a conta bancária de Summer Worden, sua esposa, enquanto estava na Estação Espacial Internacional. O casal se encontra em processo de divórcio.

A polêmica começou quando Summer começou a suspeitar que haviam movimentações estranhas na sua conta e resolveu empregar suas habilidades como ex-oficial da Inteligência da Força Aérea dos Estados Unidos para descobrir quem estava invadindo sua privacidade. Ao contatar seu banco, a executiva — que hoje é CEO da uma agência de inteligência e gerenciamento de risco — descobriu que um dos computadores usados para efetuar a invasão era registrado pela NASA.

Anne estava, na época, em plena órbita terrestre, se preparando para participar de uma caminhada espacial exclusivamente feminina que acabou sendo cancelada “por falta de trajes apropriados”.

Anne McClain, em uma de suas estadias na Estação Espacial Internacional (Reprodução: First Post)

Afinal, foi crime ou não?

Após seu retorno, a astronauta teria confirmado o acesso à conta de sua parceira, mas garantiu — através de um advogado — que teria feito isso apenas para confirmar se Summer havia dinheiro o suficiente para cuidar de forma apropriada do filho do casal.

Por outro lado, a família de Summer alega que o acesso indevido faz parte de “uma campanha altamente calculada e manipulada” para obter a custódia da criança, que nasceu um ano antes delas se casarem.

De acordo com a legislação dos EUA, mesmo que o crime tenha sido cometido fora de seu território — e de qualquer outro país, por sinal —, a astronauta ainda terá que responder de acordo com as leis estadunidenses. Procurada a respeito do assunto, a NASA afirmou não comentar a respeito da vida pessoal de seus funcionários.


Fonte: The New York Times (via Forbes)

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