O Grupo Fleury, uma empresa de saúde com foco em prestação de serviços e diagnósticos médicos, está com seu atendimento online, serviços e site interrompidos por conta de uma "tentativa de ataque externo".
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Na tarde dessa terça-feira (22), foi publicado no site da empresa (fleury.com.br), um comunicado avisando seus clientes de que os sistemas da empresa estão indisponíveis e que o grupo está utilizando "todos os seus recursos e esforços técnicos para a rápida normalização" de seus serviços. Já o domínio grupofleury.com.br está completamente fora do ar.
A The Hack entrou em contato com o Grupo Fleury, que confirmou que os serviços foram interrompidos por conta de uma tentativa de ataque cibernético, mas não deu mais detalhes além do comunicado previamente publicado no site da empresa.
"Informamos que nossos sistemas estão indisponíveis neste momento e que estamos priorizando o restabelecimento dos serviços. As causas dessa indisponibilidade foram originadas a partir da tentativa de ataque externo aos nossos sistemas, que estão tendo suas operações restabelecidas com todos os recursos e esforços técnicos para a rápida normalização dos nossos serviços", disse um porta-voz da empresa à The Hack.
Segundo o próprio Grupo Fleury são mais de 9 mil funcionários, além de mais de 2 mil médicos empregados, divididos em cerca de 216 unidades de atendimento. A empresa opera sob as marcas: Fleury Medicina e Saúde; a+ Medicina Diagnóstica; Laboratório Weinmann; Labs a+; Clínica Felippe Mattoso; Diagnoson a+; Weinmann Serdil; Instituto de Radiologia; Campana e outros.
Conforme indicam dados recentes, publicados pela Fortinet, o Brasil é o país da América Latina com mais tentativas de ataques cibernéticos. Só no primeiro trimestre deste ano foram contabilizados mais de 3,2 bilhões de registros de tentativa de invasão às empresas brasileiras.
No começo de junho deste ano, diversas unidades da JBS, uma das maiores produtoras e processadoras de carne do mundo, foram comprometidas, por conta de um ataque de ransomware. Mesmo com a indicação das autoridades e dos especialistas de segurança da informação, de não negociar com cibercriminosos, a empresa pagou o equivalente a R$ 55 milhões pelo resgate dos dados.