Restaurantes filiados ao serviço de entregas iFood, tiveram, na noite do feriado de terça-feira (02), o nome de seus restaurantes trocados por mensagens ofensivas contra o ex-presidente Lula e a vereadora assassinada Marielle Franco, além de mensagens de apoio ao atual presidente, Jair Bolsonaro (sem partido), entre outras mensagens agressivas.
- O nome da empresa Facebook agora é Meta
- Facebook quer um novo nome para englobar todos os seus produtos e iniciativas
- Mozilla vai pagar até U$ 250 mil para quem descentralizar a gestão de dados
O iFood se pronunciou na madrugada desta quarta-feira (03), dizendo que o ataque, diferente do que foi publicado por grande parte dos veículos de imprensa e por usuários das redes sociais, foi causado por um funcionário de uma empresa parceira, que teria permissões indevidas e alterou o nome dos restaurantes cadastrados na plataforma.
"O incidente foi causado por meio da conta de um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento que tinha permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma, e que o fez de forma indevida", disse a empresa em uma publicação no Twitter.
O iFood informou que encerrou o acesso do funcionário e da empresa parceira e que também não houve vazamento de dados de clientes, funcionários e usuários, principalmente dos dados de pagamentos dos usuários, que "não são armazenados nos bancos de dados do iFood".
"O acesso da prestadora de serviço foi imediatamente interrompido, e os nomes dos restaurantes já estão sendo restabelecidos. É importante destacar que os meios de pagamento dos clientes estão seguros. Os dados de meios de pagamento não são armazenados nos bancos de dados do iFood, ficando gravados apenas nos dispositivos dos próprios usuários, não tendo havido comprometimento de dados de cartões de crédito. Também não há qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais de clientes ou entregadores cadastrados na plataforma", concluiu a empresa no comunicado.
Capturas de tela compartilhadas nas redes sociais mostram restaurantes que tiveram seus nomes trocados por "LULA LADRÃO", "PETISTA COMUNISTA, "BOLSONARO 2022", "MARIELLE FRANCO PENEIRA" e "VACINA MATA".
Em um posicionamento enviado ao UOL, o iFood explica que aproximadamente 6% dos estabelecimentos cadastrados em sua plataforma foram prejudicados. Já segundo o Baguete, em agosto de 2020 o iFood tinha 212 mil estabelecimentos cadastrados. Sendo assim, 6% significa pelo menos 12 mil restaurantes comprometidos.
Os restaurantes prejudicados reclamam que não conseguiram efetuar vendas enquanto seus nomes estavam trocados. Já o iFood, além de ter que lidar com a desconfiança de segurança gerada após o incidente, precisa enfrentar também a pressão de usuários protestando contra o serviço nas redes sociais.