Empresas novas, criadas a partir de janeiro de 2020, possuem 425% mais chances de sofrerem tentativas de fraude, identificou um estudo interno da ClearSale, firma brasileira de soluções de antifraude.
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Segundo o chefe de fraude empresarial da ClearSale, Henrique Martins, esse aumento está associado a transformação digital acelerada e forçada pela pandemia do COVID-19.
"As empresas menores possuem orçamentos e equipes reduzidas, em comparação com empresas maiores, o que faz com que os cibercriminosos vejam uma porta de entrada mais fácil para os golpes", explica.
O estudo percebeu que furto de identidade (falsificação ideológica), a fraude de declaração de bens e negociação indevida estão entre os três golpes mais aplicados em empresas criadas durante a pandemia da COVID-19.
O executivo explica que falsificação ideológica é quando um cibercriminoso tenta se passar por um cliente legítimo. Fraude de declaração de bens é quando o fraudador alega ter mais bens do que realmente tem, com objetivo de conseguir crédito em bancos, financeiras e outras empresas. Já negociação indevida é quando é efetuado uma venda que não declarada todos seus devidos parâmetros (itens, produtos ou serviços).
“É preciso estar atento às fraudes porque, muitas vezes, a empresa pode estar interpretando alguma perda financeira como inadimplência, por exemplo, sendo que parte desse prejuízo pode estar associado à fraude”, conclui o executivo em um comunicado à imprensa.