Sites de notícias na França querem que o Google pague pelos direitos autorais dos conteúdos que exibir em aplicativos agregadores de notícias, como o Google News. Para isso, estão negociando um acordo de “licenciamento individual” para exibir as notícias em um novo agregador, chamado Google News Showcase.
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De acordo com a ARS Technica e com o blog do Google na França, além da França, alguns representantes da imprensa europeia querem que o Google pague pelos conteúdos que indexar nas plataformas de notícias.
Mas, pagar os editores de notícias é um cenário inaceitável para a empresa de tecnologia: em 2014, o Google resolveu cancelar o aplicativo de notícias na Espanha, depois que o país aprovou uma lei que forçaria a empresa a pagar pelas notícias reproduzidas. Já de acordo com a BBC, o Google está ameaçando remover o aplicativo da Austrália, pelo mesmo motivo.
Na França, no entanto, o Google foi além e está ameaçando não indexar nenhuma página dos sites de notícia, caso eles não autorizem serem indexados nos aplicativos de notícias. A Autoridade de Concorrência Francesa, considerou o ato como abuso de poder de monopólio e está obrigando o Google a conduzir “negociações de boa fé” e com retorno financeiros para a imprensa francesa.
O caso da Austrália
Assim como no resto do mundo (com exceção dos países autoritários que sofrem de censura da informação), o Google é a ferramenta de buscas na web dominante, com 93% do mercado global, enquanto o DuckDuckGo, Bing, Yahoo, Baidu, YANDEX e outros, não saem dos 3%.
O governo da Austrália considera que o Google é uma ferramenta essencial e que atrai muitos leitores em busca de informações quentes, mas tem pouca competição de mercado, por esse motivo, deve pagar às redações uma quantia “justa” pelo seu jornalismo, garantindo que a imprensa continue trabalhando em prol da democracia, informa a BBC.
Segundo legisladores australianos, o jornalismo impresso está vivenciando um declínio de receita de 75% desde 2005, por esse motivo, o jornalismo digital precisa de receita para continuar vivo, já que no país, as notícias representam quase 13% das pesquisas no Google.
Fontes: ARS Technica; BBC.