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Não somos polícia para investigar vazamentos, diz diretor presidente da ANPD

Guilherme Petry

As investigações da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) com relação aos últimos grandes vazamentos de dados ainda estão em andamento. No entanto, o órgão revelou que não tem estrutura nem competência para investigar vazamentos. "A investigação [e] o poder de polícia, não nos cabe", disse o diretor presidente, Waldemar Gonçalves.

Segundo ele, não há nada conclusivo nas investigações da ANPD até agora, por isso, entrou em contato com todos as outras instituições que podem ajudar com o caso. “Acionamos a Polícia Federal, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), o Gabinete de Segurança Institucional, o Cert.br, o Ministério Público Federal, todos os órgãos que poderiam compor com a ANPD e dar celeridade a esse processo investigativo”, disse.

Durante o painel "A ANPD no contexto das empresas de telecom e mídia" do Seminário Políticas de Telecomunicações, do Teletime, nesta terça-feira (23), Waldemar discutiu a ação da ANPD, principalmente no setor de telecomunicações e entretenimento. Durante sua palestra, revelou que a ANPD não tem poder de polícia para investigar vazamentos.

“Temos a missão de fiscalizar, mas a investigação, o poder de polícia, não nos cabe. Mas a ação junto aos órgãos foi bem recebida pelos mesmos. Tivemos pronto apoio e estamos tratando e esperamos que o processo investigativo tenha um final conclusivo. Sabemos que quanto mais tempo dificulta mais as investigações, mas acreditamos que teremos resultados.”


Fonte: Convergência Digital; Seminário Políticas de Telecomunicações.

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