A NVIDIA, fabricante de processadores gráficos, com sede na Califórnia, EUA, anunciou na quinta-feira (18), que vai equipar novas unidades da RTX 3060 (além de inserir uma atualização de driver para quem já comprou) com ferramentas que identificam algorítimos de mineração de Ethereum e reduzem o poder deles em 50%.
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De acordo com a empresa, as placas de vídeo da NVIDIA são exclusivamente desenvolvidas para gamers e não devem ser utilizadas para processar criptomoedas. "Nossas GPUs GeForce RTX introduzem tecnologias de ponta, adaptados para atender às necessidades de jogadores e aqueles que criam experiências digitais", escreve a empresa um comunicado.
A decisão foi publicada junto com o anúncio dos novos NVIDIA Cryptocurrency Mining Processor (CMP), processadores dedicados a mineração de criptomoedas, que não processam vídeo (não tem nem saída para monitor), para que parem de utilizar suas placas de vídeo para minerar criptomoedas.
"Para atender às necessidades específicas da mineração Ethereum, estamos anunciando a linha de produtos Nvidia CMP, ou Cryptocurrency Mining Processor, para mineração profissional", escreve a empresa.
Os processadores CMP não geram vídeo, mas prometem melhor desempenho e eficiência de mineração. "O CMP não possui saídas de exibição, permitindo um fluxo de ar aprimorado durante a mineração, para que possam ser instalados de forma mais compacta. Os CMPs também têm tensão e frequência de pico de núcleo mais baixas, o que melhora a eficiência energética da mineração", diz.
A decisão da NVIDIA, no entanto, não altera muito os casos de "crypto jacking", malwares desenvolvidos para minerar criptomoedas na máquina das vítimas, já que quem paga a conta de luz é a vítima e o cibercriminoso continua recebendo criptomoedas sem gastar nada com isso. A única diferença é que eventualmente vão passar a receber 50% menos.
A NVIDIA está em processo de compra da Arm, empresa que está produzindo os novos processadores M1 da Apple. O principal objetivo da compra é investir no desenvolvimento de inteligência artificial.
Fonte: Nvidia.