O democrata Joe Biden será empossado oficialmente como presidente dos Estados Unidos nesta próxima quarta-feira (20), e, por mais que ele certamente esteja animado com o evento, um pequeno detalhe acabou lhe desapontando. Ele não poderá levar à Casa Branca a sua estimada bicicleta Peloton — um famoso equipamento de ginástica que lhe permite fazer exercícios aeróbicos enquanto simula um treinamento em grupo.
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Boiou? Vamos lá: sabe aquelas bicicletas de spinning usadas em academias e estúdios para treino de ciclismo? Há, nos EUA, uma fabricante dessas tais bicicletas conhecida como Peloton. Seus modelos se diferenciam de outros equipamentos comuns por serem dotados de uma grande tela LCD, conectividade com a internet, uma câmera e um microfone, o que lhe permite participar ativamente de aulas ao vivo com outros esportistas remotamente.
Sim, trata-se de uma invenção muito legal (e cara), mas temos um grave problema aqui: a segurança cibernética. Embora a Peloton nunca tenha se envolvido em polêmicas a respeito de vulnerabilidades em seus produtos, é um tanto desafiador para a Casa Branca homologar, para uso presidencial, um equipamento considerado "supérfluo" e que pode ser invadido para acesso remoto de sua câmera e seu microfone.
O único jeito do gadget entrar na residência presidencial é desabilitando todos os seus recursos smart, adaptando-o para torná-lo mais seguro — anos atrás, o The Verge noticiou que a Michelle Obama também tinha uma Peloton modificada para poder se exercitar dentro da Casa Branca. Obviamente, isso tira grande parte da graça do dispositivo, já que seu diferencial é realmente seus recursos de conectividade.
“Se você realmente quer que a Peloton seja segura, você retira a câmera, remove o microfone e desconecta o equipamento de rede... E aí você basicamente tem uma bicicleta chata e comum. Você perde todo aquele brilho e atratividade”, explicou Max Kilger, Ph.D. e diretor do Programa de Análise de Dados da Universidade de Texas em San Antonio, em entrevista ao site Popular Mechanics.
O jornal comenta que há outras formas do Serviço Secreto garantir a segurança cibernética da Casa Branca sem privar Biden de sua diversão aeróbica: a construção de uma sala exclusiva para uso do equipamento (na qual proibido comentar sobre qualquer assunto sigiloso ou sensível) e conectá-la a uma rede separada do resto dos equipamentos de TI do local, impedindo eventuais ataques de movimentação lateral.
Fonte: SecurityAffairs