Nesta segunda-feira (1º), um golpe de estado foi deflagrado em Myanmar por militares insatisfeitos com a vitória democrática da Aung San Suu Kyi, líder da Liga Nacional para a Democracia (NLD), afirmando que houve fraude no pleito eleitoral realizado no dia 8 de dezembro de 2020. Além das tensões políticas e diversas prisões sendo efetuadas arbitrariamente, os birmaneses também sofrem com censura e bloqueios na internet.
- Brave quer aposentar HTTP e criar uma web descentralizada com protocolo IPFS
- A Rússia decidiu que seria uma boa ideia bloquear o ProtonMail no país
- Justiça brasileira bloqueia acesso ao MEGA e outros sites similares
De acordo com dados do observatório NetBlocks, os bloqueios começaram às 03h da manhã deste último domingo (31) no horário local, com a taxa de conectividade do país caindo de 100% para 75%. Poucas horas depois, às 05h do horário local, as taxas de conectividade despencaram para 50%. Tudo indica que provedoras locais, incluindo a estatal Myanma Posts and Telecommunications (MPT), foram obrigadas a cessar seus serviços.
Além da internet, há indícios de que os birmaneses também enfrentam dificuldades para realizar chamadas telefônicas via celular — problema que afetou indiretamente o bom funcionamento de aplicativos como WhatsApp e Telegram. Os poucos cidadãos que ainda conseguem usar as redes sociais reclamam de dificuldades para obter o código de verificação para tais mensageiros (que são enviados via SMS) e apontam que alguns canais televisivos também foram tirados do ar.
O Exército de Myanmar ocupou o poder do país de 1962 a 2011, e, agora, declarou estado de emergência durante um ano, colocando no poder o militar Myint Swe como presidente interino; ademais, o chefe das Forças Armadas, Min Aung Hlaing, ficará responsável por fiscalizar as autoridades.